O ano era 1962, estávamos numa das famosas “festas do GRESSE”, que era um clube social que havia em Campina Grande na época. A sigla queria dizer: Grêmio Recreativo dos Subtenentes e Sargentos do Exército, mas era frequentando largamente pela sociedade local. Eram bailes que começavam às dez da noite, geralmente nos sábados, e iam até às quatro da manhã. O que acontecia nessas noites? Uma orquestra ocupava o palco e tocava música dançante. Podia ou não haver crooner, e vez por outra havia um show de um cantor ou artista convidado, que vinha “de fora”. A orquestra parava geralmente meia noite e meia para o show, e depois retomava para as danças.
Tudo muito singelo, quando a gente se debruça sobre o passado, e olha com os olhos de hoje; mas quem viveu aquilo, como eu vivi, achou o máximo enquanto estava vivendo! Era preciso saber dançar direitinho, e muitos namoros começavam nessas festas.
Eu tinha 15 anos, usando os tradicionais vestidos “de alcinhas” que as adolescentes usavam naquela época. Ao meu lado Cleuza (minha mãe), o casal Lisete e Amaury Capiba, Nilo Tavares (meu pai) e minha tia Anunciada, irmã mais nova de Mamãe, que era solteira.
Bebia-se rum Montila, cerveja e refrigerante.
A orquestra tocava coisas como Besame Mucho (no famoso arranjo de Ray Conniff), mambos de Perez Prado, sambas, boleros…